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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Os 5 sentidos do bebê: olfato

Sempre brinco que minha filha sente o meu cheiro e para de chorar. Sempre falei que é o "Cheiro de Mãe". E foi inspirado nisso que dei o nome a este blog.
Então, nada mais certo do que falar sobre este sentido tão importante.
Já no ventre, o olfato do bebê começa a se desenvolver. No 7º mês de gestação ele pode sentir os odores transmitidos pelo líquido aminiótico. O olfato é um sentido estreitamente ligado ao paladar. Nesse período o bebê começa a sentir os odores dos pratos preferidos da sua família e de sua cultura. Pelo olfato, o cérebro do bebê pode asimilar todas as impressões do mundo externo.
Após o nascimento, o recém-nascido pode utilizar todos esses odores experimentados no pré-natal. O bebê os mantém depois do nascimento e pode encontrá-los no leite. O olfato prticipa então na orientação do bebê em direção ao peito, guiando-o nas primeiras mamadas.
O bebê aumenta rapidamente o repertório de odores familiares, tais como o odor do pescoço e rosto da mãe, seu perfume. Todos esses cheiros têm um significado positivo: motivam o bebê a ir na sua direção, reconfortando-o em um momento de solidão. Dessa forma o bebê pode ser reconfortado com um objeto impregnado com esses odores, por exemplo, uma camiseta usada. O simples gesto de deixar esse objeto perto dele poderá ajudá-lo a adormecer.
 
Primeiras expressões de opinião através do olfato
Nas primeiras horas de vida o bebê já sabe distinguir os odores, mostrando através de mímicas aqueles que lhes são agradáveis. Também sabe distinguir um cheiro familiar de um cheiro novo.
Por volta de 5 ou 6 meses, quando começar a experimentar novos alimentos, o bebê irá sensações orais e nasais determinantes.As pesquisas mostram que aromas e sabores alimentares serão melhor aceitos pelo bebê se ele tiver sido exposto anteriormente a estes sabores e aromas através do leite materno.
O olfato, fonte de lembranças afetivas!
Os odores podem ser precocemente ensinados e memorizados, às vezes para toda a vida.Eles podem desencadear lembranças antigas, de momentos carregados de emoção. Da mesma maneira, as aversões olfativas e alimentares mais marcantes geralmente têm origem na infância.O perfume das pessoas também constitui um fator dominante nas lembranças emocionais.
A criança, com seu olfato, pode distinguir seu pai, sua mãe, irmãos, avós. Esta aptidão precoce é feita tanto a nível de odores naturais quanto perfumes e essências utilizados por essas pessoas. A varieda desses cosméticos pode também ser uma fonte de enriquecimento do conhecimento olfativo do bebê.
Aproveite os momentos privilegiados com o bebê para desenvolver o olfato
Se estiver amamentando evite utilizar perfumes e utilize sempre o mesmo sabonete, se possível, sem cheiro muito forte, para que o bebê descubra o seu cheiro corporal natural.
Se lhe der leite artificial este deve ser sempre do mesmo sabor. O despertar olfativo do seu bebê pode ocorrer de forma espontânea em contato com o mundo que o rodeia.
Evitar a presença de fumo de tabaco no ambiente da criança porque têm efeito negativo sobre seu olfato.
Para reconfortar o seu bebê, quando tiver que se separar dele, e para facilitar o sono, pense em deixar uma blusa usada por você.
Deixe o bebê nos braços do pai, dos avós, dos irmãos mais velhos. Ele vai estar exposto a odores diferentes, facilitando reconhecer sua família.
A partir dos 6 meses introduza alimentos. Ensine o bebê a apreciar os odores do mundo que o rodeia, não apenas os alimentares, mas todos os outros, como flores, objetos, pessoas.
Por volta de 1 ano e meio a 2 anos você pode continuar a exercitar o olfato do seu bebê através de jogos, ensinando os nomes da mesma forma que se ensina as cores. Livros sobre odores são uma excelente maneira de ensinar a distingui-los.
Faça do banho um momento privilegiado de descoberta de odores.
 

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